Qual é o percentual da frota de ônibus que ainda não voltou para as ruas desde o início da pandemia? Foi para fazer essa pergunta ao Grande Recife Consórcio de Transporte, que gerencia o sistema da Região Metropolitana, que a vereadora Ana Lúcia (Republicanos) discursou na tribuna da Câmara Municipal nesta segunda-feira (21). Ao falar durante a reunião plenária, a parlamentar ainda lamentou o aumento das tarifas em 9,69% no último dia 11 de fevereiro – sem que houvesse, segundo ela, uma melhoria no serviço oferecido.
“O Grande Consórcio Recife não venceu o desafio de oferecer ao usuário um transporte de qualidade. Todos os dias, se os senhores forem aos terminais de passageiros, vão ver filas absurdas, inclusive com conflitos entre as pessoas”, analisou Ana Lúcia. “O percentual de aumento impactou em 9,69% no valor das tarifas, que foram publicados e aplicados de imediato. Mas, sobre a frota ninguém sabe dizer nada. É uma pergunta que não quer calar: qual é o percentual da frota que circula para atender a população, Grande Recife?”
Para a vereadora, a justificativa da pandemia não explica mais a redução da frota na capital. “Já avançamos nos protocolos, já temos grandes eventos autorizados. Mas não dá para entender por que essa frota não foi aumentada. Por que não é 100% na rua? Por que existem algumas linhas que não voltaram a circular desde o início da pandemia? É de cortar o coração ver famílias se deslocando ainda de madrugada para tentar fazer uma marcação de médico. É preciso que o Consórcio Grande Recife se pronuncie”.
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